Mesmo atrasado, o evento foi no final de maio, veja como jornalistas não
pagos se referem a Marconi Perillo na grande imprensa.
"Brasil urgente, Marconi presidente" vira chacota nacional na folha de são paulo
Fernando de Barros da Silva
SÃO
PAULO – Vista de perto, a
crise dos tucanos é ainda mais constrangedora. Estive anteontem na convenção do
partido. As palavras de ordem mais ouvidas na entrada do evento eram “Brasil,
urgente, Marconi presidente!”. Repetida entre apitaços pela militância
amarelinha de Goiás, a gritaria contratada não deixava de ser um retrato do
ponto a que chegou o PSDB.
Horas
antes da convenção, já na madrugada de sábado, Serra, de São Paulo, ameaçava não
ir a Brasília. Havia convencido Alckmin e FHC a acompanhá-lo no boicote. Do
outro lado, Sérgio Guerra e Aécio Neves insistiam em dar a presidência do ITV
(Instituto Teotônio Vilela) a Tasso Jereissati.
Assim foi feito. Mas não sem uma nova discussão a portas fechadas entre os caciques, da qual Serra saiu direto para a convenção na condição de presidente do conselho político que o partido inventou para acomodá-lo. Não se pode dizer que o grupo de Aécio ganhou a disputa interna de lavada porque o tal conselho recebeu atribuições maiores (na definição de alianças e candidaturas, por exemplo) do que havia sido previsto inicialmente.
O que chama atenção nisso tudo é o caráter cada vez mais paroquial da fogueira das vaidades entre os tucanos. No meio da crise envolvendo Palocci, na semana em que o governo escancarou a debilidade da sua articulação política, o PSDB esteve se engalfinhando para… saber quem vai controlar o ITV.
Assim foi feito. Mas não sem uma nova discussão a portas fechadas entre os caciques, da qual Serra saiu direto para a convenção na condição de presidente do conselho político que o partido inventou para acomodá-lo. Não se pode dizer que o grupo de Aécio ganhou a disputa interna de lavada porque o tal conselho recebeu atribuições maiores (na definição de alianças e candidaturas, por exemplo) do que havia sido previsto inicialmente.
O que chama atenção nisso tudo é o caráter cada vez mais paroquial da fogueira das vaidades entre os tucanos. No meio da crise envolvendo Palocci, na semana em que o governo escancarou a debilidade da sua articulação política, o PSDB esteve se engalfinhando para… saber quem vai controlar o ITV.
“Brasil,
urgente, Marconi presidente!”. Como se fosse possível animar o encontro, havia
no salão um grupo de batucada com meia dúzia de meninotas sambando descalças.
Eram as representantes do “povão”.
No final, depois do teatro dos discursos que exaltaram a “unidade do partido”, Aécio pegou o microfone e puxou um “Parabéns a Você” em homenagem a FHC, que fará 80 anos em junho. Todos cantaram meio sem jeito. Fiquei com a sensação de que, se houvesse um bolo ali, a tucanada iria disputar no tapa para ver quem apagava as velinhas.
No final, depois do teatro dos discursos que exaltaram a “unidade do partido”, Aécio pegou o microfone e puxou um “Parabéns a Você” em homenagem a FHC, que fará 80 anos em junho. Todos cantaram meio sem jeito. Fiquei com a sensação de que, se houvesse um bolo ali, a tucanada iria disputar no tapa para ver quem apagava as velinhas.
Análise
Tal estratégia de
lançar o governador de Goiás para presidência, não passa de jogada para tirar o
foco dos goianos sobre a caótica administração que o tucano vem fazendo no
Estado. Enquanto o povo fica sonhando com o tucano na presidência, o
funcionalismo estadual não é pago integralmente, as estradas acabam, o IPASGO é
reajustado e maior arrocho fiscal da história de Goiás é segue
curso.
0 Comentários (Comente):
Postar um comentário