O óbvio, nas cadeias
Desde 3 de outubro, o diretor do Ceresp (Centro de Remanejamento do Sistema Prisional) São Cristóvão, de Belo Horizonte (MG), Luiz Fernando de Souza, implantou programas evangélicos na prisão. A Igreja Batista da Lagoinha pagou a instalação de TVs LCD de 32 polegadas em todas as celas e o resultado, segundo ele "é gratificante".
Motivos do criminoso
O que leva alguém a roubar, matar, trair, etc? Descohecimento, por exemplo, dos Dez Mandamentos da Lei, também chamado de Decálogo, escrito há mais de 3 mil anos e ainda pouco praticado.
Oportunidade
Estando presa, a pessoa aprende até sem querer e caso repita os erros, ao menos terá mais conhecimento de causa e a tendência natural é se auto educar, cedo ou tarde.
Estado laico
A programação religiosa pode ser para todos os gostos, mas a idéia é profundamente funcional e o sistema é considerado um sucesso pelo governo mineiro, que o está levando para outras unidades.
Ocupação
Trabalhar e estudar são outros dois passos fundamentais na recuperação de qualquer ser humano. Sem esses três ingredientes não há progresso e sim gasto inútil e perda de tempo.
Campinorte
Parques ecológicos em geral são atrativos para moradores da cidade e visitantes. Não é o que tem acontecido em Campinorte, aonde, segundo e-mails recebidos, o Clube municipal, recém inaugurado, só recebe a elite e o povo não tem vez.
Rialma, alô Ministério Público
Após nota de Poderes denunciando lixão na margem da rodovia BR-153, o secretáio da administração ligou para informar que não é apenas um e sim dois depósitos de lixo a céu aberto na cidade: o outro é na saída de Santa Isabel. Isso pode?
Corrupção mata!
Jornalista, advogado, administrdor de empresas e um dos maiores líderes da redemocratização do Brasil, o ex vereador, deputado estadual, prefeito, senador, governador e Presidente nacional do PMDB, Orestes Quércia deixou o corpo dia 24 de dezembro, com câncer na próstata, aos 72 anos
Imprensa
Desde 11/11/92 quando a revista Veja publicou detalhada reportagem de capa apresentando Quércia como um político milionário, do dia para a noite, ele jamais se recuperou e passou a agir nos bastidores. Depois, apareceu o câncer, posteriormente controlado. Na última eleição, ao tentar candidatura ao senado por São Paulo a doença retornou e Quércia desistiu, mas não resistiu.
BBB em Nerópolis
A Indústria da multa não foi suficiente e o prefeito mandou instalar filmadoras em postes metálicos gigantes nos pontos centrais da cidade. Mas o jogo do bicho, uma contravenção, continua.
Uruaçu
Cidade simpática, atuamente visitada por milhares de turistas graças a construção da praia
Generosa pelo prefeito Lourencinho começou a desfigurar o centro com a presença de sensores multantes, na principal avenida
A terra vai tremer!
Os bastidores da política em Uruaçu continuam, diariamente, com vistas as próximas eleições.
De braços cruzados
É assim que o deputado Fábio Souza desejou feliz natal aos goianienses, em dezenas de painéis e pretende continuar na Assembléia mais quatro anos.
Vereadores e candidatos a prefeito
roubando caminhões e cargas
Dia 22/12 foram presos pela Polícia Civil mineira o vereador de Pedra Bonita, Ronaldo José Fernandes, suspeito de coordenar o esquema, o candidato a prefeito em Pedra Bonita José Carlos de Oliveira, que seria responsável pela revenda dos caminhões adulterados, o ex-vereador de São João do Manhuaçu, Pedro Gilmar Mendes, que providenciava a adulteração.
Com Lineu e sem água
Surto de infecção intestinal e sumiço de água foram os principais presentes de natal e ano novo recebidos por 40 mil habitantes da zona urbana de jaraguá.
3 de jan. de 2011
Poder
Pedofilia
Se depender dos políticos goianos, Goiás continuará sendo líder em pedofilia, pois a tal CPI da exploração de menores serviu mesmo para que?
Faturamento?
O deputado Fábio Souza, babalorixá da CPI na Assembléia Legislativa e o senador Demóstenes Torres, cacique do mesmo tema no Congresso ignoraram até a capital goiana da Pedofilia, São Simão, cujo prefeito vicejou uma geração homossexual devido as suas investidas nos jovens de 11 a 14 anos da cidade.
5 milhões de reais mensais
Todo mundo comenta a briga pela presidência da Câmara municipal de Goiânia, sem falar nos valores em jogo, o maior objetivo da disputa. São cerca de 5 MILHÕES DE REAIS, TODO MÊS.
Mesada
Conforme a Lei Fiscal, o pagamento dos 34 "nobres" e dos comuns não pode ultrapassar 60%. A sobra então fica em torno de 2 MILHÕES DE REAIS vezes 24 meses(mandato) = 48 milhões de reais. Esse é o principal motivo das discussões intermináveis na véspera de se eleger o Presidente.
Regalias
Ofertando uma merrequinha aqui, um dízimo alí aos colegas, o Presidente dispõe de uma parte desse bolo na manutenção da harmonia da casa, mas não consegue moer mais do que um milhão de reais em premiações mensais.
Conclusão
O vivido Iram Saraiva(PMDB), 66 anos, ex candidato do PDT ao governo de Goiás que talhou a célebre frase contra Iris Rezende: mentirão e retrocesso em crítica ao slogan "mutirão e progresso" de Iris, hoje amigão e sócio do ex prefeito, faturou mais uma, com a parceria incondicional do PT.
Blog do Ancelmo Goes
Cena carioca
Uma menina de 7 anos foi levada pela mãe, sexta(10/12), no Rio Design Barra, para ver Papai Noel. A miúda não se conformou ao saber que o Bom Velhinho não ganha nenhum presente.
Tanto fez que sua mãe comprou uma caixa de bombons para o Papai Noel, que, emocionado, até chorou com o gesto.
Botei meu sapatinho
Parece conto de Natal, mas é história verídica. Um menino miúdo pediu de presente ao Papai Noel do São Gonçalo Shopping, na cidade fluminense de quase 1 milhão de habitantes, a maioria pobre, uma conversa com... o pai já morto
O pedido desconcertou o Bom Velhinho.
Segue...
Emocionado, sem saber o que responder, o homem sob o disfarce de Noel disse ao menino para se concentrar com fé em seu desejo na hora de dormir
Dois dias depois, o garoto voltou e contou que havia funcionado, pois sonhara com o pai.
Na bica de virar ‘sem-cargo’, Meirelles prepara 1 livro
Henrique Meirelles aproveitou uma solenidade oficial para se despedir do BC e da administração pública.
Deu-se na cerimônia de lançamento das novas cédulas do Real –uma de R$ 100 e outra de R$ 50.
A certa altura, Meirelles disse aproveitará a “quarentena” pós-BC para preparar um livro. Escreverá sobre sua passagem pelos dois reinados de Lula.
Disse adeus: "Estou encerrando minha missão no Banco Central, mas acredito que também é o momento de encerrar na administração pública federal".
Acrescentou: "O momento de sair de uma determinada função, pública ou privada, é quando tudo vai bem e não quando existem problemas".
Em verdade, nem tudo “vai bem”. A inflação mostra os dentes. Culpa da conjuntura internacional e da frouxidão fiscal da Fazenda, não da política monetária do BC.
De resto, não é fato que Meirelles deixa a arena pública. Foi deixado por ela. Se pudesse, teria disputado a presidência da República.
Como lhe faltava apoio para tanto, cogitou filiar-se ao PP. Iria às urnas como pretendente ao governo de Goiás, seu Estado.
Convencido por Lula, optou por sentar praça no PMDB. E passou a acalentar a pretensão de virar vice de Dilma Rousseff.
Atropelado pelos profissionais do PMDB, assistiu à ascensão de Michel Temer. Ficou sem o governo goiano e sem a vice.
Escorado em Lula, imaginou que poderia sobreviver no BC. Dilma levou-o ao microondas.
Achou que lhe sobraria um ministério na área de infraestrutura. O PMDB negou-lhe o aval. Dilma absteve-se de abrigá-lo em sua cota, como fez com Nelson Jobim.
Restaram a Meirelles a quatentena legal, o livro e o usufruto de sua fortuna pessoal, amealhada como banqueiro privado
Alma irriquieta, Meirelles não parece afeito à ideia da aposentadoria precoce. Logo estará metido em novos negócios.
Se deitar sobre opapel tudo o que viveu nos subterrâneos da era Lula, seu retorno às manchetes também será breve.
Sendo generoso com a história, Meirelles contará sobre os arranca-rabos que teve com a Casa Civil, sob José Dirceu e, depois, sob Dilma.
Indo mais longe, Meirelles tratará de uma passagem de 2008. Em abril, antes da crise financeira global, Lula montara no Planalto um patíbulo.
Tramou acomodar na cadeira de Meirelles um economista companheiro: Luiz Gonzaga Belluzzo. Súbito, o Brasil amealhou o “investment grade”. E Lula, para sorte geral, segurou a lâmina.
Blog do Josias
Anastasia desmonta Neves
O Governador reeleito de Minas Antônio Anastasia(PSDB), cria política do neto de Tancredo Neves, Aécio, conseguiu o voto de 50 dos 62 deputados estaduais, verdadeiro poder de Rei, para fazer "reformas administrativas" no novo governo que muitos diziam ser "modelonopaiz". Se era tão bom, para que mudar? Ainda mais mudar tanto?
Na Venezuela
Coincidentemente, o parlamento venezuelano deu os mesmo poderes absolutos ao ditador Hugo Chavez durante os próximos 18 meses.
Em Goiás
Aconteceu em governos anteriores do PSDB e vai ocorrer novamente em uma Assembléia aonde líder é o vil metal e não se houve nenhuma voz idealista. Só interesses pessoais.
Mais um parlamentar no motel?
Lauro Jardim, do Radar online
Pedro Novais não foi o único parlamentar a gastar verba indenizatória do Congresso com um motel.
A deputada federal Cida Diogo (PT-RJ), que não se reelegeu, apresentou este ano dezenove notas fiscais do Palácio do Rey, motel na zona norte do Rio de Janeiro
Procurada, a assessoria de Cida Diogo informou que o quarto era usado pelo motorista da parlamentar enquanto ela visitava o Rio de Janeiro.
Chanchada na largada
Fernando de Barros e Silva, Folha de S. Paulo
O futuro ministro do Turismo de Dilma Rousseff patrocinou com dinheiro público uma noitada a amigos no Motel Caribe, na periferia de São Luís. Até ontem uma figura obscura e irrelevante da política nacional, o deputado Pedro Novais, do PMDB maranhense, usou R$ 2.156 da sua "verba indenizatória" (R$ 32 mil mensais, além do salário) para pagar essa farra privada. Aconteceu em junho.
Uma porção de rabanadas natalinas a quem adivinhar: quem é, quem é o padrinho da indicação do animado deputado ao ministério? Sim, o próprio. José Sarney, em parceria com Henrique Eduardo Alves (RN), o líder do PMDB na Câmara.
Flagrado agora pelo jornal "O Estado de S. Paulo", Novais "corrigiu o erro", como ele disse, e devolveu o dinheiro. Deveria fazê-lo fantasiado de Papai Noel, o bom velhinho.
Ontem, quem alegou "erro administrativo" foi a futura ministra da Pesca, Ideli Salvatti, do PT-SC. A Folha revelou que a senadora gastou mais de R$ 4 mil de verba indenizatória para pagar diárias de um hotel em Brasília, ao mesmo tempo em que recebia o auxílio-moradia.
Ideli, Novais, Pesca, Turismo... Não é o caso de perguntar o que essa gente fazia no hotel ou no motel - e sim o que vai fazer no governo.
O Ministério da Pesca é uma piada em si. E o Turismo se transformou nos últimos anos num entreposto de emendas fajutas, uma espécie de Casa das Fraudes a serviço de conchavos parlamentares.
Dilma deveria levar mais a sério o pouco que falou depois de eleita. Na sua primeira entrevista coletiva, ela disse o que buscava nos seus ministros: "Vou exigir competência técnica, desempenho, um histórico de pessoas que não tenham problemas de nenhuma ordem".
Ao tolerar que a periferia do primeiro escalão do governo seja loteada na base da chanchada, a presidente desautoriza a si mesma e destrava portas que não deveria. Não é a melhor maneira de subir a rampa. Sobretudo para quem bancou Erenice Guerra na Casa Civil.
Se depender dos políticos goianos, Goiás continuará sendo líder em pedofilia, pois a tal CPI da exploração de menores serviu mesmo para que?
Faturamento?
O deputado Fábio Souza, babalorixá da CPI na Assembléia Legislativa e o senador Demóstenes Torres, cacique do mesmo tema no Congresso ignoraram até a capital goiana da Pedofilia, São Simão, cujo prefeito vicejou uma geração homossexual devido as suas investidas nos jovens de 11 a 14 anos da cidade.
5 milhões de reais mensais
Todo mundo comenta a briga pela presidência da Câmara municipal de Goiânia, sem falar nos valores em jogo, o maior objetivo da disputa. São cerca de 5 MILHÕES DE REAIS, TODO MÊS.
Mesada
Conforme a Lei Fiscal, o pagamento dos 34 "nobres" e dos comuns não pode ultrapassar 60%. A sobra então fica em torno de 2 MILHÕES DE REAIS vezes 24 meses(mandato) = 48 milhões de reais. Esse é o principal motivo das discussões intermináveis na véspera de se eleger o Presidente.
Regalias
Ofertando uma merrequinha aqui, um dízimo alí aos colegas, o Presidente dispõe de uma parte desse bolo na manutenção da harmonia da casa, mas não consegue moer mais do que um milhão de reais em premiações mensais.
Conclusão
O vivido Iram Saraiva(PMDB), 66 anos, ex candidato do PDT ao governo de Goiás que talhou a célebre frase contra Iris Rezende: mentirão e retrocesso em crítica ao slogan "mutirão e progresso" de Iris, hoje amigão e sócio do ex prefeito, faturou mais uma, com a parceria incondicional do PT.
Blog do Ancelmo Goes
Cena carioca
Uma menina de 7 anos foi levada pela mãe, sexta(10/12), no Rio Design Barra, para ver Papai Noel. A miúda não se conformou ao saber que o Bom Velhinho não ganha nenhum presente.
Tanto fez que sua mãe comprou uma caixa de bombons para o Papai Noel, que, emocionado, até chorou com o gesto.
Botei meu sapatinho
Parece conto de Natal, mas é história verídica. Um menino miúdo pediu de presente ao Papai Noel do São Gonçalo Shopping, na cidade fluminense de quase 1 milhão de habitantes, a maioria pobre, uma conversa com... o pai já morto
O pedido desconcertou o Bom Velhinho.
Segue...
Emocionado, sem saber o que responder, o homem sob o disfarce de Noel disse ao menino para se concentrar com fé em seu desejo na hora de dormir
Dois dias depois, o garoto voltou e contou que havia funcionado, pois sonhara com o pai.
Na bica de virar ‘sem-cargo’, Meirelles prepara 1 livro
Henrique Meirelles aproveitou uma solenidade oficial para se despedir do BC e da administração pública.
Deu-se na cerimônia de lançamento das novas cédulas do Real –uma de R$ 100 e outra de R$ 50.
A certa altura, Meirelles disse aproveitará a “quarentena” pós-BC para preparar um livro. Escreverá sobre sua passagem pelos dois reinados de Lula.
Disse adeus: "Estou encerrando minha missão no Banco Central, mas acredito que também é o momento de encerrar na administração pública federal".
Acrescentou: "O momento de sair de uma determinada função, pública ou privada, é quando tudo vai bem e não quando existem problemas".
Em verdade, nem tudo “vai bem”. A inflação mostra os dentes. Culpa da conjuntura internacional e da frouxidão fiscal da Fazenda, não da política monetária do BC.
De resto, não é fato que Meirelles deixa a arena pública. Foi deixado por ela. Se pudesse, teria disputado a presidência da República.
Como lhe faltava apoio para tanto, cogitou filiar-se ao PP. Iria às urnas como pretendente ao governo de Goiás, seu Estado.
Convencido por Lula, optou por sentar praça no PMDB. E passou a acalentar a pretensão de virar vice de Dilma Rousseff.
Atropelado pelos profissionais do PMDB, assistiu à ascensão de Michel Temer. Ficou sem o governo goiano e sem a vice.
Escorado em Lula, imaginou que poderia sobreviver no BC. Dilma levou-o ao microondas.
Achou que lhe sobraria um ministério na área de infraestrutura. O PMDB negou-lhe o aval. Dilma absteve-se de abrigá-lo em sua cota, como fez com Nelson Jobim.
Restaram a Meirelles a quatentena legal, o livro e o usufruto de sua fortuna pessoal, amealhada como banqueiro privado
Alma irriquieta, Meirelles não parece afeito à ideia da aposentadoria precoce. Logo estará metido em novos negócios.
Se deitar sobre opapel tudo o que viveu nos subterrâneos da era Lula, seu retorno às manchetes também será breve.
Sendo generoso com a história, Meirelles contará sobre os arranca-rabos que teve com a Casa Civil, sob José Dirceu e, depois, sob Dilma.
Indo mais longe, Meirelles tratará de uma passagem de 2008. Em abril, antes da crise financeira global, Lula montara no Planalto um patíbulo.
Tramou acomodar na cadeira de Meirelles um economista companheiro: Luiz Gonzaga Belluzzo. Súbito, o Brasil amealhou o “investment grade”. E Lula, para sorte geral, segurou a lâmina.
Blog do Josias
Anastasia desmonta Neves
O Governador reeleito de Minas Antônio Anastasia(PSDB), cria política do neto de Tancredo Neves, Aécio, conseguiu o voto de 50 dos 62 deputados estaduais, verdadeiro poder de Rei, para fazer "reformas administrativas" no novo governo que muitos diziam ser "modelonopaiz". Se era tão bom, para que mudar? Ainda mais mudar tanto?
Na Venezuela
Coincidentemente, o parlamento venezuelano deu os mesmo poderes absolutos ao ditador Hugo Chavez durante os próximos 18 meses.
Em Goiás
Aconteceu em governos anteriores do PSDB e vai ocorrer novamente em uma Assembléia aonde líder é o vil metal e não se houve nenhuma voz idealista. Só interesses pessoais.
Mais um parlamentar no motel?
Lauro Jardim, do Radar online
Pedro Novais não foi o único parlamentar a gastar verba indenizatória do Congresso com um motel.
A deputada federal Cida Diogo (PT-RJ), que não se reelegeu, apresentou este ano dezenove notas fiscais do Palácio do Rey, motel na zona norte do Rio de Janeiro
Procurada, a assessoria de Cida Diogo informou que o quarto era usado pelo motorista da parlamentar enquanto ela visitava o Rio de Janeiro.
Chanchada na largada
Fernando de Barros e Silva, Folha de S. Paulo
O futuro ministro do Turismo de Dilma Rousseff patrocinou com dinheiro público uma noitada a amigos no Motel Caribe, na periferia de São Luís. Até ontem uma figura obscura e irrelevante da política nacional, o deputado Pedro Novais, do PMDB maranhense, usou R$ 2.156 da sua "verba indenizatória" (R$ 32 mil mensais, além do salário) para pagar essa farra privada. Aconteceu em junho.
Uma porção de rabanadas natalinas a quem adivinhar: quem é, quem é o padrinho da indicação do animado deputado ao ministério? Sim, o próprio. José Sarney, em parceria com Henrique Eduardo Alves (RN), o líder do PMDB na Câmara.
Flagrado agora pelo jornal "O Estado de S. Paulo", Novais "corrigiu o erro", como ele disse, e devolveu o dinheiro. Deveria fazê-lo fantasiado de Papai Noel, o bom velhinho.
Ontem, quem alegou "erro administrativo" foi a futura ministra da Pesca, Ideli Salvatti, do PT-SC. A Folha revelou que a senadora gastou mais de R$ 4 mil de verba indenizatória para pagar diárias de um hotel em Brasília, ao mesmo tempo em que recebia o auxílio-moradia.
Ideli, Novais, Pesca, Turismo... Não é o caso de perguntar o que essa gente fazia no hotel ou no motel - e sim o que vai fazer no governo.
O Ministério da Pesca é uma piada em si. E o Turismo se transformou nos últimos anos num entreposto de emendas fajutas, uma espécie de Casa das Fraudes a serviço de conchavos parlamentares.
Dilma deveria levar mais a sério o pouco que falou depois de eleita. Na sua primeira entrevista coletiva, ela disse o que buscava nos seus ministros: "Vou exigir competência técnica, desempenho, um histórico de pessoas que não tenham problemas de nenhuma ordem".
Ao tolerar que a periferia do primeiro escalão do governo seja loteada na base da chanchada, a presidente desautoriza a si mesma e destrava portas que não deveria. Não é a melhor maneira de subir a rampa. Sobretudo para quem bancou Erenice Guerra na Casa Civil.
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